O surgimento da Galeria Brasiliana foi conseguência de uma jornada pessoal do pesquisador e marchand Roberto Rugiero pelo mercado da arte, iniciada nos anos 70.A Galeria tem 37 anos e conhece arte do povo como ninguém. Sua coleção é uma das mais significativas do Brasil, uma referência internacional. Seu acervo conta com mais de 50 importantes artistas, muitos deles exclusivos, além de mestres e talentos emergentes da pintura, escultura, desenho, xilogravura e artesanato artístico, todos de carater popular – e também peças em madeira de procedência indígena.
A Galeria Brasiliana entende a arte popular como sendo sofisticada, elegante e de grande valor. E é sob esse aspecto que Roberto Rugiero enxerga este mercado: a arte não só como um objeto de decoração, mas, principalmente, como a aquisição de um bem. “Quando a pessoa põe a obra no final de um projeto de decoração, tem que levar em conta que pode estar fazendo a compra de um patrimônio para o futuro”.
Hoje, segundo Rugiero, a vertente popular é a única boa arte no Brasil cujo valor tem, na maioria das vezes, apenas um dígito. Apesar de ainda ser extremamente barata, tudo indica que não será por muito tempo. “É um bom momento para comprar, a arte popular está subindo no mundo inteiro.”
A arte popular brasileira é ressaltada como uma das mais ricas, variadas, de denso conteúdo, fato que vem sendo claramente reconhecido no Brasil e no exterior. As chamadas “artes marginalizadas” ganharam espaço no mercado internacional. No ano Brasil-França, por exemplo, tanto a arte popular, como a indígena, tiveram grandes mostras em Paris e em Milão.